Emoção, camaradagem e um saudável espírito competitivo: eis os ingredientes que compuseram a etapa do Porto da Altice Empresas Corporate Padel League. Depois da ronda no Algarve, o Padel Inn, em Vila Nova de Gaia, acolheu a etapa mais a norte da competição, tendo o espetáculo sido uma constante ao longo dos três dias de prova (de 24 a 26 de fevereiro). Num torneio que arrancou com quatro equipas femininas e 20 masculinas, MZBI - Massimo Zanetti Beverage Ibéria, Allcost Têxteis (no lado feminino), Fisiogaspar e Siux Portugal (no lado masculino) acabaram por garantir o acesso à finalíssima, que se disputa nos dias 11 e 12 de março, na Oeiras Padel Academy. A ilha da Madeira acolhe a próxima etapa do torneio já neste fim de semana, entre 3 e 5 de março.
Carolina Rolim, capitã da MZBI - Massimo Zanetti Beverage Ibéria, empresa que detém, entre outras, a Nicola Cafés, não escondeu a satisfação pela passagem à próxima fase da prova. “Acho que esta é uma iniciativa muito interessante, estão muitas equipas aqui reunidas por um desporto que está em grande evolução. Agradecemos à organização e à nossa equipa, estamos muito felizes por termos conquistado este desafio. Pudemos fazer muitos contactos e colocámos esta empresa na boca das pessoas. É ótimo vermos a Nicola neste patamar”, disse.
A MZBI - Massimo Zanetti Beverage Ibéria e a Allcost Têxteis juntam-se assim às equipas já apuradas no feminino para a final nas anteriores etapas da competição. São elas, Lazer Telecomunicações e Clube de Ténis e Padel de Portimão (Algarve); Altice Empresas e Aveiro Padel (região Centro - Aveiro); Nestlé Portugal e Confraria do Sushi (Região de Lisboa - Oeiras) e Altice Empresas e Sata Internacional Azores Airlines (Açores).
Do lado masculino, o capitão da Fisiogaspar, Luís Ribeiro, apontou já baterias aos dias de todas as decisões: “Estas iniciativas são importantes porque permitem que o padel tenha o reconhecimento que merece por parte das empresas. Por outro lado, cria-se uma boa relação entre os atletas. Finalíssima de Lisboa? As equipas qualificadas são muito fortes, se conseguirmos ser competitivos e divertirmo-nos, isto numa prova com uma organização excelente, já vai ser bom.” A Fisiogaspar e a Siux Portugal acompanham assim a Infraespaço – Investimentos imobiliários e a Nos (Algarve); a Betinatexteis Lar e a Carreira Dental Clinic (Região Centro - Aveiro); a Finançor Agro-Alimentar S.A. e a Altice Empresas (Açores) e o Hotel da Baixa e o SoulSushi & Two Care (Região de Lisboa – Oeiras) na viagem para a finalíssima da competição.
A Altice Empresas Corporate Padel League conta com o apoio da Federação Portuguesa de Padel, sendo que, do lado da entidade que rege a modalidade no nosso país, o balanço da etapa do Porto não podia ser mais positivo. “Esta é uma prova importantíssima porque há muita gente a participar. A etapa do Porto foi fantástica, o espaço é inacreditável e vemos muitas caras novas, algo que nos deixa muito satisfeitos. Todos os patrocinadores e parceiros têm sido fantásticos e permitem que o evento esteja a ser um sucesso. Uma Federação não se pode preocupar só com a competição, isso é o fim da linha. Tem de se preocupar com os jovens, depois com os amadores e, por fim, a competição acaba por ser o passo seguinte. Este padel amador é que enche os clubes por todo o país e nada melhor do que a Federação se aproximar dele”, referiu Pedro Plantier, da Federação, que foi taxativo em relação ao principal objetivo desta competição: “Queremos unir o país através do padel, o desporto que, provavelmente, mais cresce no mundo.”
Tal como o nome da prova indica, a Altice Empresas é a força motriz deste campeonato nacional de padel entre empresas, que conta também com um forte apoio da Cofina, em geral, e do Negócios, em particular. Júlio Moreira, Diretor comercial da Altice Empresas, realçou a importância do torneio numa perspetiva de crescimento a nível de networking, bem como no fortalecimento dos laços que unem empresas e clientes. “Acreditamos que este torneio esteja a ser um grande sucesso. As pessoas estão felizes, desde os nossos convidados e clientes, a todas as marcas envolvidas nesta prova. Espero que este tipo de iniciativas se repita por muitos mais anos. O padel tem a capacidade de no final de um torneio irmos todos beber um café e uma cerveja, e a vertente social está logo assegurada e permite que haja uma elevada taxa de retorno para os patrocinadores na modalidade”, asseverou.
Ricardo Machado e Aníbal Rocha acabam por ser dois exemplos claros das sinergias que se formam através do padel. Cliente da Altice Empresas, a dupla acabou por vestir a camisola da empresa na prova. “A Altice Empresas, na pessoa do Júlio, convidou-me para participar neste torneio e de bom grado vim cá. Foi uma boa ideia juntar esta importante socialização ao padel, uma das coisas que mais gosto de fazer. De certeza que estarei em mais torneios no futuro”, vincou Ricardo. Por seu lado, Aníbal, em jeito de brincadeira, explicou os motivos que o levaram a ingressar na modalidade: “Comecei a praticar quando comecei a perder no ténis com o meu filho [risos]. Resolvi dedicar-me a outra modalidade, já pratico há alguns anos e gosto muito do convívio que existe.”
Patrocinadores são verdadeiros parceiros
O facto de o padel ser uma das modalidades em maior ascensão no nosso país faz com que sejam várias as empresas que se queiram associar ao desporto. Dessa forma, a Altice Empresas Corporate Padel League conta com uma vasta rede de patrocinadores, que, ainda assim, olham para a competição mais como uma “parceira”.
“Somos um dos apoiantes do circuito com a nossa bebida hidratante e com as barras proteicas e estes eventos são importantes para divulgarmos os nossos produtos. Temos falado com donos de clubes de padel para podermos ter os nossos produtos à venda. Aqui sentimos que o nosso patrocínio não é só publicidade estática, falamos com as pessoas e conseguimos crescer. Olhamos para isto muito mais como uma parceria do que como um patrocínio”, defendeu José Cabral Vaz, da Sausport.
Num torneio que contou com o apoio e aconselhamento clínico da Fisiogaspar, Francisco Ortigão, responsável pelo Banco Finantia no Porto, foi perentório na explicação para a junção de forças a esta etapa: “Somos um banco de investimento sem balcões, pelo que este tipo de iniciativas permite-nos ganhar visibilidade. Para além disso, o torneio desenvolve-se em várias áreas geográficas e é muito abrangente em termos de faixas etárias, o que é importante para nós.”
José Costa e Silva, proprietário do Padel Inn juntamente com a mulher Marta Malta, mostrou-se mais do que preparado para dar sequência a esta parceria. “É sempre importante receber provas deste relevo, é a primeira edição desta liga e o feedback foi muito positivo. Acredito que vão repetir e que, se assim for, vamos estar disponíveis para receber uma nova etapa”, perspetivou.
Magia passou dos pés para as raquetes
Se dúvidas houver em relação ao crescimento do padel, a presença no torneio de personalidades relacionadas com outras modalidades ajuda a dissipá-las. Israel, antigo internacional português de futsal, foi uma delas. “O torneio estava muito bem organizado pela Altice Empresas e o nível está muito alto, vê-se que o padel está a crescer. O padel entrou na minha vida na pandemia, o meu irmão e alguns amigos meus jogavam padel e convidaram-me para experimentar, sendo que nessa altura ainda estava no futsal. Fui, adorei e agora não há um dia em que não jogue padel, de certa forma abdico do futsal para jogar padel. Sei que não vou chegar ao topo do padel como cheguei no futsal, mas é um desporto incrível. Há equipas de futsal que já fazem os seus próprios torneios de padel”, destacou.
A mesma opinião foi partilhada por Nuno Assis, antigo internacional luso de futebol. “O expoente máximo da modalidade é a vertente do convívio. Quem está habituado a fazer desporto durante muitos anos depois sente a falta. A tendência é começarmos a engordar um bocadinho e o padel veio ajudar nesse aspeto. Há muitos ex-jogadores que, depois de terminarem as carreiras, experimentaram e têm continuado”, sublinhou. Fica agora a dúvida: se um olheiro tivesse de escolher entre o Nuno Assis jogador de futebol ou o Nuno Assis jogador de padel qual seria a decisão? “Não há a menor dúvida [risos]. Este é um desporto muito tático e eu não tenho as melhores bases, pelo que tenho de usar o meu forte, que é correr. Acho que o do futebol seria escolhido.”
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